Por Fernando Crastequini
Foi-se o tempo da cachaça sinônimo de homem andando caindo de um lado pro outro em busca de um muro para apoiar.
Com a produção cada vez mais detalhista, a cachaça brasileira muda o conceito para atingir apreciadores de bebidas. A variedade de sabores para agradar todo tipo de paladar pede um gole a mais na hora de desenvolver o produto.
O público, mais exigente, quer saborear novidades, ter preferências e nunca abrir mão de experimentar. Podemos comparar até com bebidas com imagens mais sofisticadas como o vinho e o uísque, porém a cachaça usa diversos tipos de madeira para ser armazenada. Enquanto os outros destilados usam somente o carvalho, a cachaça usa madeiras diferentes para aprimorar sabores e aroma.
A diversidade naturalmente chama a atenção de diferentes públicos e classes sociais. O fenômeno da cachaça chega à mesa de bares sofisticados e agrada até mesmo o paladar feminino. As cachaças artesanais estão fazendo parte dos encontros da mulherada, que deixam bem claro: beber não, degustar!
Outra vertente que vem tendo esforços do IBRAC (Instituto da Cachaça) é classificar as cachaças brasileiras com “pedigree”. Assim como uísque escocês e a famoso champanhe francês, os produtores brasileiros querem mais reconhecimento da cachaça brasileira, já que o Brasil é o único país a produzi-la. Nos Estados Unidos, por exemplo, os destilados da cana são considerados rum, não importa como foi produzido e nem de onde venha. Por isso é necessária uma política de posicionamento da cachaça brasileira. Deixá-la tão famosa quanto os destilados mais famosos do mundo é levar a qualidade do Brasil para o conhecimento de milhares de degustadores espalhados pelo planeta.
Para se ter noção da importância da nossa cachaça, basta observar as inúmeras vantagens que temos quando a saborearmos uma delas, é degustá-las puramente – geralmente as amarelas para se sentir o gosto puro e refinado que elas trazem – já as mais claras nos permitem apreciar vários drinks, tendo com um dos principais a caipirinha, que é a mistura de limão, gelo e açúcar que faz muito sucesso ainda mais acompanhado de uma bela feijoada, tudo tipicamente “brazuca”!
Se as mulheres, as mais exigentes degustadoras de etílicos, aprovam a diversidade de sabores da cachaça brasileira, com certeza nossos barris, em diversas madeiras, poderão atravessar os oceanos e fazer muito sucesso lá fora. Aqui já é garantido!
Sobre a Cachaça do Rei
Dando continuidade da produção realizada na Fazenda Santa Cruz, ou Indústria e Comércio de Bebidas Annicchino Ltda – Me, fundada há 10 anos, a Cachaça do Rei ainda utiliza o mesmo alambique que era usado na década de 30 para produzir o chamado “fermento caipira”, no qual usava-se apenas fubá mimoso e farelo de arroz para alimentar o fermento que vem da própria cana colhida crua.
Dentro do ambiente globalizado atual, a Cachaça do Rei busca sempre novos conhecimentos para elevar ainda mais suas qualidades, mantendo o padrão e incorporando as novas tecnologias para estarem aptos para o mercado internacional, como uma bebida artesanal, que não usa conservantes químicos, mantendo sempre a pureza de seus ingredientes. Dessa forma, proporciona a seus apreciadores o sabor da verdadeira cachaça, assim como era produzida há mais de um século.
Estando entre os maiores destaques paulistas, a Cachaça do Rei detém a medalha de ouro, recebida em concurso de análise química e sensorial promovida por profissionais da Universidade de São Paulo (USP) durante o V Brazilian Meeting Chemistry of Food and Beverages, elevando sua qualidade às melhores cachaças do país.
A Cachaça do Rei é comercializada também em países como os Estados Unidos, Alemanha e Japão, refletindo a crescente expansão da cachaça no mercado internacional.
Aê Fer, mandou bem no texto. A cachaça tem crescido muito nacional e internacionalmente e a mulherada não está de fora !
Ótimo texto !