Sebrae-SP e as cachaçarias paulistas

Sebrae-SP investe em aprimoramento tecnológico das cachaçarias paulistas

Com o objetivo de implantar um projeto de aprimoramento tecnológico, o Sebrae-SP e a Universidade de São Paulo (USP) firmaram uma parceria com a Associação Paulista dos Produtores de Cachaça de Alambique (APPCA) para criar um selo de qualidade para o setor. “Nossa intenção é que todos os associados da entidade que tiverem os seus produtos dentro das normas do projeto recebam o Selo de Qualidade Cachaça Paulista”, explica Roselaine Oliveira Pedro, gestora da cadeia de cachaça do Sebrae-SP.

A parceria, firmada no segundo semestre de 2009, já vem rendendo bons frutos, como a participação na 7ª Feira Internacional da Cachaça, que foi realizada entre os dias 27 e 29 de abril no Expo Center Norte. Durante os três dias de feira, os produtores trocaram experiências e aproveitaram para fazer novos e futuros contatos comerciais.

É o caso do dono da Fazenda Rio Verde em São José do Rio Pardo, Olavo Celso de Moraes. “Desde que passei a ter consultoria do Sebrae-SP há seis anos, consegui aperfeiçoar a produção e melhorar a comercialização”, revela o produtor, que teve aumento de 20% no faturamento.

A produção dele anual de cachaça artesanal está em torno de 20 mil litros. Exímio conhecedor de cachaça, Olavo conta que o segredo é o envelhecimento, ou seja, manter a cachaça em tonéis de madeira pelo maior tempo possível para que não sofra alteração na característica (sabor e cor).  “Se a cachaça for armazenada em recipientes de vidro ou inox não envelhece. Na madeira, ela sofre a oxigenação da massa líquida”, explica o produtor, que possui as marcas Sabor Brasil, Água Santa e Enluarada.

Também com o apoio do Sebrae-SP, o produtor René Luiz Barreto de Arruda, dona da Cachaça da Torre, afirma que conseguiu aumentar o faturamento, diminuir o desperdício e investir na promoção dos produtos. “Tenho participado de várias feiras com o apoio do Sebrae-SP”, conta René, que é dono das marcas Empório da Cana e do Licor de Cachaça Santa Cana.

Para Aniello Nappi, dono da Cana Brazilis em Itapetininga e diretor da Associação Paulista dos Produtores de Cachaça de Alambique (APPCA), a parceria com o Sebrae-SP vai ajudar a combater a concorrência com os produtores clandestinos. “É uma concorrência desleal porque os clandestinos não pagam impostos, não cumprem a legislação e ainda colocam em risco a saúde de quem bebe”, reclama.

Brasil Cachaça 2010

Nome de mulher

As melhores cachaças costumam ter nomes de mulher”, afirma Christian Ramsing Johnson, dono da Cachaça Elisa. Segundo ele, a cachaça tem de ser cheirosa, bonita, agradável e gostosa. “Tudo isso são qualidades que as mulheres possuem e, além do mais, no final da noite a cachaça precisa te deixar derrubado”, brinca o produtor.

Entre os admiradores da cachaça artesanal há produtos para todos os gostos e bolsos. Os preços variam de R$ 8 a R$ 400 a garrafa. “É um mercado em expansão, mas que precisa ser profissionalizado. Por isso, estamos dispostos a ampliar cada vez mais essa parceria com o Sebrae-SP”, afirma.

Desde 1997, ele produz cachaça e hoje possui quatro marcas comerciais, sendo que cada uma possui uma versão ouro e prata. “Este ano vou lançar a cachaça versão Extra Premium com 10 anos de envelhecimento”.

A publicação original pode ser lido em SEBRAE – SP em 30/04/2010

2 thoughts on “Sebrae-SP e as cachaçarias paulistas

  1. Sou Engenheiro Químico, fiz o curso de Tecnologia da Cachaça pela UFLA e sou apaixonado por Cachaça. Tenho a pretenção de ter uma Carta com as melhores Cachaças do pais. Gostaria de ter informações sobre Cachaça.
    Um grande abraço,

    Edelcy

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